A escritora Lúcia Teixeira participou na noite de terça-feira da primeira mesa do Ciclo Pagu, idealizado pelo Sesc, com transmissão gratuita pelo Youtube.  Na abertura oficial, com a mesa “Pagu, a musa trágica da revolução – vida e obra “, também apresentaram suas visões de Pagu o neto da musa modernista, Rudá Ká de Andrade, e o ator e diretor Sérgio Mamberti. A live teve mediação de Tommy Pietra, assistente em teatro no Sesc.

Lúcia relembrou fatos importantes da história de Patrícia Galvão, citou trechos inéditos de sua obra e falou sobre os cadernos “Croquis de Pagu”, que terá lançamento em e-book na próxima semana, e os dois outros livros da Trilogia Pagu, a fotobiografia “Viva Pagu” e “Pagu – Livre na Imaginação, no Espaço e no Tempo”.

A escritora destacou que Pagu são várias mulheres em uma só, ela teve vários pseudônimos. “Ela faleceu muito nova, em 52 intensos anos, ela transgrediu porque arriscou tudo, ultrapassou limites por ideais, por amor. Hoje é o Dia Mundial de Oceanos e tem muito a ver com Pagu, que amava o mar e faleceu aqui em Santos, vários acontecimentos importantes na vida dela ocorreram na Cidade. Que hoje a gente possa, junto com Pagu, curar as nossas feridas desse Brasil que precisa tanto se curar.”

Pagu procurava freneticamente a completude que lhe faltava, disse Lúcia. “Com ela a gente aprende que enquanto uma parte de nós busca a liberdade de ser um indíviduo pleno, a outra parte está sempre em busca de uma causa, de um ideal. Pagu sempre tem muito a nos dizer”.

Ciclo

Pagu Vive – Transgressões Femininas é um ciclo composto por 3 mesas, que acontecerá entre 8 e 10 de junho de 2021, às 19h, no canal do Sesc Carmo no YouTube, com participação do público e tradução simultânea para a Língua Brasileira de Sinais (Libras). Assim como era Patrícia Galvão, os encontros têm abordagens múltiplas, nas áreas de gênero, literatura, sexualidade, valorizando a abrangência de seu trabalho e a magnitude do alcance de sua obra. 

Para quem perdeu a primeira mesa: